O salário mínimo vai subir R$ 77 em 2012. Parece pouco para quem ganha, parece muito para quem o paga. Só o Governo Federal vai desembolsar a mais, no próximo ano, R$ 23 bilhões, mas a “despesa” caberá nas contas. Quem não gostou da novidade foi a indústria cearense que teme cortes no emprego. Mas o comércio festejou o aumento para R$ 622.
O presidente da Federação das Indústrias do Estado Ceará (Fiec), Roberto Macêdo, acredita que o aumento de R$ 77 em tempos de crise internacional pode bater com força às portas das empresas brasileiras, principalmente das pequenas e médias empresas que respondem por mais de 80% dos empregos do Brasil.
“Não é bom para o País, embora possa parecer que vai gerar mais consumo. Aumento, sim, mas não em proporções além da inflação”, afirma Roberto Macêdo.
Aumentou pouco
O secretário de finanças da Central Única dos Trabalhadores, Wil Pereira, avalia que o aumento foi pouco. “Existe ganho real sim, mas achamos que (o aumento) poderia ter chegado a R$ 650”, avalia o secretário. Ele diz que a pressão tem que ser “muito grande” para ganhos elevados. “A discussão sobre salário mínimo no Congresso Nacional não passa de duas horas”, diz.
Presidente do Sindilojas, Cid Alves diz que o aumento é “muito bom”. “Nosso piso é acrescido em cima do salário mínimo, então só temos a elogiar”, afirma. Ele diz ainda que não devem haver demissões em decorrência do reajuste. Só desligamentos comuns aos primeiros meses do ano, quando se findam os contratos temporários.
O presidente do Sindilojas, diferente da Fiec, pensa que o aumento do mínimo significa mais consumo e mais ganhos também.
Fonte: O Povo Online
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