terça-feira, 13 de novembro de 2012

No Ceará, 38% dos domicílios não recebem água com flúor

Um levantamento do Núcleo de Atenção à Saúde Bucal da Secretaria da Saúde do Estado informou que, atualmente, 38% dos domicílios cearenses ainda não recebem água com flúor da torneira. Este fato pode comprometer a saúde bucal da população, já que o flúor na água de consumo tem o poder de reduzir em até 60% a incidência da cárie, segundo o Ministério da Saúde. Apesar disso, nos últimos cinco anos houve o aumento de 28 para 106 o número de municípios abastecidos com água fluoretada.
De acordo com o dentista e presidente do Sindicato dos Dentistas do Estado do Ceará, Cláudio Ferreira, a aquisição do flúor através do consumo da água é importante para o controle das cáries na população. “Se o povo não consome a água fluoretada, ela pode estar mais exposta à adquirir a cárie. Para quem não recebe este benefício em sua casa, é imprescindível que se faça o uso de creme dentário”, informou o presidente.
Segundo a Secretaria de Saúde do Estado do Ceará (Sesa), a fluoretação é realizada pela Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece) e a Secretaria, através do Laboratório de Saúde Pública do Estado (Lacen), realiza as análises. A assessoria da Sesa informou que a distribuição nos domicílios estão aumentando gradativamente. Entre os anos de 2007 e 2012 houve o aumento de 28 para 106 o número de municípios abastecidos com água fluoretada.
Investimentos                                                                                         
De acordo com a Sesa, a Cagece investe R$ 2 milhões para a fluoretação da água de abastecimento. Segundo Lei Federal, a fluoretação das águas de abastecimento público em sistemas providos de Estações de Tratamento de Água (ETAs) é obrigatória desde 1974. Para viabilizar o cumprimento da Lei Federal, foi acordado com o Ministério da Saúde e Secretaria Estadual da Saúde um programa de implantação de Unidades de Fluoretação em ETAs operadas pela Cagece, de forma a beneficiar a população abastecida por 121 sistemas selecionados. Por meio do Programa Brasil Sorridente, foram investidos em sistemas de abastecimento R$ 1.679.418,58, sendo R$ 1.261.050,70 pela Fundação Nacional de Saúde (Funasa) e R$ 418.367,79 pela Cagece.


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