Confirmado mais um óbito por meningite meningocócica no Ceará, nesta semana. O caso pertencente à cidade de Itapipoca e somado aos outros 18, também ocorridos neste ano, totaliza 19 mortes pela doença no Estado. Os dados pertencem ao boletim epidemiológico da doença, divulgado ontem, pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesa).
Em comparação com o ano passado, quando ocorreram quatro mortes por meningite, percebe-se uma variação de 375% no número de óbitos. Além disso, desde 2002, o Estado não confirmava tantas vítimas. Há nove anos foram 16 pessoas mortas.
Até ontem, o boletim contabilizava 72 casos da doença, destes, 51 em Fortaleza e 21 no Interior. Em relação a 2010, o crescimento na ocorrência da doença também é significativo. Ano passado foram 31 casos, ou seja, uma variação de 132%
Sobre a hipótese do Ceará estar passando por um surto da doença, o infectologista e diretor do Hospital São José, Anastácio Queiroz, tranquilizou a população sobre a situação e disse que os casos estão dentro da normalidade. Acerca da quantidade de mortes, o médico explicou que o motivo deve-se à manifestação mais grave da doença.
"Por conta de um diagnóstico tardio, uma falha do próprio sistema ou mesmo do próprio paciente em ignorar os sintomas da doença, a pessoa acaba chegando na unidade de saúde com a meningite em seu estado mais grave", comentou Queiroz.
Segundo o especialista, dos 19 óbitos registrados até ontem, a maior parte deles deve ter sido por conta da meningococcemia (infecção generalizada com a presença do meningococo na circulação sangüínea). "É quando o paciente já está com a doença disseminada por todo o corpo e não só nas meninges", acrescentou o médico.
Com Informações Diário do Nordeste
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