quinta-feira, 8 de março de 2012

MPF-CE denuncia cinco pessoas por vazamento de questões do Enem

Procuradores apresentaram denúncia na manhã desta quinta-feira (8) em Fortaleza. (Foto: André Alencar/TV Verdes Mares)
A procuradora da República Maria Candelária Di Ciero encaminhou denúncia para a Justiça Federal no Ceará contra cinco pessoas responsáveis criminalmente pelo vazamento das questões do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2011 de acordo com o relatório final da Polícia Federal. A conclusão da investigação da PF cita dois representantes do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), um representante da Cesgranrio e dois servidores do Colégio Christus, de Fortaleza.
De acordo com a denúncia do MPF, os representantes do INEP foram denunciadas por por falsidade ideológica ao negarem oficialmente a impossibilidade de se obter os cadernos de provas do pré-teste. A representante da Cesgranrio foi responsabilizada por ter disponibilizado os cadernos dos pré-testes aos coordenadores dos colégios escolhidos que não dispunham de autorização legal de acesso ao material sigiloso.
Os servidores do Colégio Christus, um coordenador e um professor, foram denunciados pela utilização e divulgação indevida do material sigiloso. A denúncia cita que, segundo as investigações da PF, o vazamento das questões no Colégio Christus se estendeu aos demais 30 cadernos aplicados na instituição e, não somente aos 3 e 7 que foram comprovadamente distribuídos.
No mês de janeiro, o procurador da República declarou que o relatório da PF sobre o caso estava “superficial, inconclusivo e pautado em possibilidades” e solicitou que o inquérito retornasse fosse aprofundado. O relatório da PF indiciava dois funcionários da escola Christus pelo vazamento das questões. Um deles é professor da escola e, de acordo com alunos do colégio, o professor teria distribuído o material didático uma semana antes da realização da prova do Enem, em outubro de 2010.
Na época, o advogado da escola e dos funcionários indiciados, Sérgio Rebouças, disse que os clientes não têm qualquer participação no vazamento e alegou que as questões estavam no banco de dados do Christus. Uma das hipóteses para a semelhança das questões, de acordo com o advogado, era de que as questões chegaram ao banco de dados da escola após o pré-teste.
Informações Do G1 CE

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