terça-feira, 18 de outubro de 2011

“Escândalo dos Banheiros” – Teodorico diz que é inocente

“No depoimento mais aguardado sobre o escândalo dos banheiros, o ex-presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Teodorico Meneses, afirmou ter a convicção plena de que o dinheiro repassado às associações para a construção de kits sanitários no Interior não foi utilizado em prol nem dele, nem do filho dele, Téo Menezes, que no ano passado se elegeu deputado estadual. A informação é do promotor da Procuradoria dos Crimes contra a Administração Pública (Procap), Eloílson Landim.
Numa aparente tentativa de driblar a imprensa, Teodorico – que inicialmente havia marcado o depoimento no escritório de seu advogado -, horas antes se dispôs a depor na própria Procuradoria Geral do Estado (PGE), onde funciona a Procap. Com depoimento marcado para as 17 horas, Teodorico chegou à sede da PGE antes das 15h30min, quando não havia nenhum veículo decomunicação no local.
Na saída, tentando demonstrar tranquilidade, por volta das 20 horas, ele falou com a imprensa. “Não tenho nenhum envolvimento nessa atividade. Eles ficaram bem convencidos e vão fazer o seu relatório. ‘Proximamente’ (a Procap) verá tudo esclarecido para que possa ir à baila e acabar com esse episódio tão falado no Estado do Ceará”, disse, sorrindo.
Dados bancários
Para a conclusão do relatório das investigações, falta o Ministério Público receber as informações bancárias das entidades investigadas. De acordo com Eloilson, o Bradesco comprometeu-se a enviar os documentos até o dia 21 de outubro. Os dados irão esclarecer e definir o destino dos recursos, sob o ponto de vista técnico, por meio da apreciação dos cheques e pagamentos efetuados pelas entidades conveniadas.
“Os elementos que já existem nos permitem dizer que, se não para todos os que depuseram, mas para a grande maioria já temos elementos suficientes para ofertar procedimentos de natureza criminal e também orientar o outro procedimento de natureza civil que trata das improbidades administrativas”, afirmou Eloilson. Segundo ele, “se o conselheiro (Teodorico) estiver envolvido eventualmente, esse procedimento sai da Procap e vai para o órgão do superior Tribunal de Justiça para que lá o procurador da República faça a denúncia”.
(O POVO)

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