sexta-feira, 29 de julho de 2011

CEARENSE VAI A NASA AJUDAR A DESENVOLVER OS ROBÔS ESPACIAIS


Eduardo Brito Almeida trabalhará na NASa com bolsa de pesquisa (Foto: Eduardo B. Almeida / Acervo Pessoal)
O Brasil terá um representante cearense na agência espacial americana, a Nasa, a partir de setembro. Graduado em engenharia elétrica pela Universidade Federal do Ceará (UFC), Eduardo Brito Almeida, 30 anos, foi convidado pela Nasa para desenvolver pesquisas que ajudarão a aperfeiçoar os robôs espaciais da agência.
O pesquisador explica que alguns robôs espaciais usados pela Nasa são controlados de forma remota. “Eles são assim para evitar que colidam com algo ou caiam em buracos. Se eles puderem ler a superfície poderão mapear e escolher o melhor percurso. Isso se chama Navegação Autônoma”, explica Almeida que, como bolsista do projeto Pré-Doutoral Harriett G. Jenkins, trabalhará com desenvolvimento de modelos matemáticos que permitam a locomoção robótica autônoma e segura. “Em minha pesquisa quero aperfeiçoar a leitura tridimensional de superfícies. Quero que ela seja impactante”, diz.
A oportunidade na agência veio após a inscrição no programa de Ph.D. em Engenharia da Brown University em 2010, onde foi aceito com bolsa integral. No mesmo ano, ele se inscreveu para a bolsa de estudos Space Grant, incluso no projeto Pré-Doutoral Harriett G. Jenkins, da Nasa. A agência espacial se interessou pelo projeto de pesquisa ao qual ele se dedica e ofereceu a bolsa.
Pai e filho
O convite da Nasa deixou os pais orgulhosos. “Nunca tive de ensinar uma tarefa (da escola) a meu filho”, diz o pai de Eduardo, Sebastião Carneiro de Almeida. “Desde criança, ele foi sempre metódico, organizado e disciplinado”, afirma o pai que é professor universitário e doutor em Matemática Avançada, tema preferido das conversas entre os dois “desde a juventude” de Almeida. E, de acordo com o pai, o interesse do filho só aumentou com a entrada na UFC em 2000.

Já nos primeiros semestres da faculdade se interessou por robótica, tornando-se bolsista de iniciação científica do Grupo de Processamento de Imagens e do Laboratório de Visão, Imagens e Sinais (GPI/LABVIS). “A experiência adquirida na UFC, por meio de disciplinas e pesquisa, foi essencial na minha formação”, destaca o ex-aluno.
Almeida mora nos Estados Unidos há cinco anos. Estagiou no Laboratório de Propulsão a Jato, de 2009 a 2010, em Pasadena, Califórnia. O centro desenvolve e gerencia aeronaves destinadas à exploração espacial.
Via:G1

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