quinta-feira, 5 de maio de 2011

CE tem 32% das residências com rede de esgoto

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Em números absolutos, isso significa que dos 2,3 milhões domicílios, apenas 774 mil têm o serviço.
A análise dos primeiros dados do Censo Demográfico 2010, relativos as condições dos domicílios, feita na tarde de ontem pelo Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (IPECE), mostrou que o Estado apresentou um crescimento de 43,68% de domicílios ligados à rede geral de esgoto ou pluvial, em dez anos. O fato negativo é que apenas 32,76% dispõem do serviço.

Em números absolutos isso significa que dos 2,3 milhões domicílios do Estado, apenas 774 mil têm o serviço de esgotamento sanitário. Em 2000 esse quantitativo era de 373 mil, que equivalia a 22,80%. Em dez anos 401 mil residências passaram a ter acesso ao serviço.

Se compararmos o crescimento do serviço no Ceará com o Nordeste e o Brasil os valores foram respectivamente de 43,68%, 27,90% e 14,09%. Ou seja, o Estado teve um avanço maior que o País e a região. Para o diretor geral do Ipece, Flávio Ataliba Barreto, "isso significa uma melhora nos indicadores, mas ainda precisamos de mais".

O ´mais´ que o diretor se refere é que, apesar dos avanços verificados na proporção de domicílios com acesso ao serviço no Estado, observa-se que a taxa de cobertura de esgotamento sanitário ainda é baixa, ou seja, necessita de mais políticas de expansão da rede de coleta, "em busca de trazer benefícios para a população em diversas áreas, como, por exemplo, na saúde, saneamento e meio-ambiente", explicou o analista em políticas públicas Vitor Hugo Miru.
Destino
Outro ponto observado na análise foi o crescimento no percentual de residências, entre os anos estudados, que tem ´outra forma´ de esgotamento declarada tanto para o Brasil e principalmente para o Nordeste e para o Ceará. Especificamente no Estado houve um aumento relativo de 15,73%, passando de 42,67% no ano 2000 para 49,38% em 2010.

Ou seja, segundo o Censo 2010, um total de 1,1 milhão de residências, no Ceará, depositaram seus dejetos a céu aberto, entre outras formas. Há dez anos esse quantitativo equivalia a 698 mil domicílios, em termos percentuais correspondia a 42,67%.

"O que reforça a necessidade de aumentarmos o serviço e o investimento em educação ambiental para a população. Principalmente para classe C e D, que é a que está em ascensão", reforçou Flávio Ataliba Barreto.

Já na quantidade de habitações com forma de esgotamento do tipo ´fossa séptica´, observou-se uma pequena diferença entre as regiões estudadas, Ceará, Brasil e Nordeste. Notou-se que essa variação de domicílios com esgotamento sanitário do tipo fossa séptica reduziu-se na última década no Estado, passando de 12,80% para 10,62%, no Nordeste, saindo de 13,37% para 11,24%, e no Brasil, caindo de 15,17% para 11,61%.

Hoje as habitações que têm esse tipo de esgotamento correspondem a 251.193. Em 2000, essa quantidade era de 209 mil.
Abastecimento d´águaA maior elevação deste indicador foi observada no estado do Ceará, que passou de 60,8% em 2000 para 77,2% em 2010 dos domicílios com abastecimento de água adequado. Isso representa atualmente 1, 8 milhões de habitações com esse serviço.

Desta forma, o Estado, que se encontrava em um patamar inferior em relação ao Nordeste e ao Brasil em 2000, foi capaz de superar a média nordestina, que é de 76,61 e aproximar-se ainda mais da média nacional (82,85%) em 2010.
Formas
As formas de abastecimento de água dos domicílios foram classificadas em três categorias (rede geral, poço ou nascente e outras formas).

A Outra forma de abastecimento se refere ao domicílio que é servido de água de reservatório (ou caixa-d´água), meio mais comum no Nordeste.



    Fonte:Diário do Nordeste

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